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Desafio de ecg: Mulher de 26 anos sem comorbidades chega ao pronto-socorro referindo palpitações.
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Resposta: Taquicardia ventricular fascicular
O ecg mostra uma taquiarritmia de complexo QRS largo (superior a 120 ms). Nestes casos devemos usar algum dos algoritmos clássicos para diferenciar entre arritmia ventricular e supraventricular com aberrância. O mais conhecido é o algoritmo de Brugada.
Como a morfologia da arritmia é de bloqueio de ramo direito, identificamos de forma clara que em V6 a onda S tem amplitude superior a onda R o que mostra que se trata de uma TAQUICARDIA VENTRICULAR.
O ecg mostra um padrão de BRD + BDAS (eixo no plano frontal desviado para cima e portanto complexos QRS negativos em derivações inferiores) o que sugere a possibilidade de taquicardia ventricular fascicular.
Dica: TV com padrão de BRD + BDAS – pensar em TV fascicular
Trata-se de arritmia que ocorre em corações estruturalmente normais, ou seja, se fizermos ecocardiograma ou ressonância do paciente os mesmos serão normais. Tal fato é relevante já que comumente TV ocorre em corações estruturalmente doentes como em pctes com cicatriz de infarto prévio ou Doença de Chagas.
Dica: Eco do pcte com TV fascicular – sem alterações
Dica: Este tipo de arritmia responde bem ao uso de bloqueadores de canais de cálcio.
TRN
Taquicardia Ventricular Fascicular
Taquicardia Ventricular Fascicular